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União cria grupo interministerial para discutir conflito fundiário em MS

Indígenas ocupam fazenda e colocam foco em casa e maquinários em Caarapó O governo federal criou um Grupo de Trabalho Técnico (GTT) para buscar soluções d...

União cria grupo interministerial para discutir conflito fundiário em MS
União cria grupo interministerial para discutir conflito fundiário em MS (Foto: Reprodução)

Indígenas ocupam fazenda e colocam foco em casa e maquinários em Caarapó O governo federal criou um Grupo de Trabalho Técnico (GTT) para buscar soluções de mediação nos conflitos por terras entre fazendeiros e indígenas em Caarapó(MS). A decisão foi tomada pouco mais de um mês após os primeiros confrontos na região. A criação do grupo foi determinada pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e assinada pela ministra Sônia Guajajara. O objetivo é elaborar um diagnóstico técnico que ajude a mediar os conflitos fundiários no sul do estado. A Força Nacional segue na região garantindo a segurança dos dois lados. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Fazem parte do GTT representantes das seguintes pastas: Ministério dos Povos Indígenas, representado pelo Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Fundiários Indígenas; Ministério do Desenvolvimento Agrário, representado pelo Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Agrários; Ministério da Gestão e Inovação no Serviço Público, representado pela Secretaria de Patrimônio da União. Também participarão das discussões representantes do Ministério Público Federal (MPF) de Dourados e Ponta Porã, da Defensoria Pública da União (DPU), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Grande Assembleia do Povo Guarani Kaiowá, a Aty Guasu. Reuniões vão discutir caminhos para fim de conflito O grupo deverá se reunir toda semana para avançar nas discussões. Os encontros poderão ocorrer de forma presencial ou por videoconferência. A participação no grupo será voluntária e considerada serviço público relevante. O GTT terá duração de 180 dias, contados a partir da publicação da portaria. Ao fim do prazo, o grupo deverá apresentar um relatório com diagnóstico técnico sobre os conflitos fundiários que envolvem povos indígenas no sul de Mato Grosso do Sul. O documento incluirá estudos sobre áreas públicas e privadas e poderá sugerir um plano de ação com medidas de curto, médio e longo prazo. Conflito começou no fim de setembro Indígenas Guarani-Kaiowá ocuparam uma fazenda em Caarapó (MS) e incendiaram maquinários e a sede da propriedade no dia 25 de outubro. A região vive conflitos por terras desde o fim de setembro deste ano. Segundo apurado pelo g1, cerca de 30 indígenas ocuparam a propriedade e incendiaram um trator e a casa que fica na sede da Fazenda Ipuitã. O grupo deixou o local no mesmo dia, segundo informou o Conselho Indigenista Missionário (Cimi). A área está desocupada. ⚠️A fazenda fica às margens de uma aldeia e, segundo os indígenas, parte da área pertence à Terra Indígena Guyraroká. Parte do território já foi declarada oficialmente, enquanto a outra, onde está a propriedade rural, ainda está em processo de demarcação. Para os indígenas, o local é sobreposto ao território ancestral. Os fazendeiros afirmam que se trata de propriedade privada. Indígenas na Fazenda Ipuitã, em Caarapó (MS) TI Guyraroka Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:

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