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De filho de ex-governador a prefeito: Justiça torna réus investigados por receber propina da JBS em MS

Decisão do TJMS ocorreu no dia 15 de agosto de 2025. Divulgação/TJMS A Justiça de Mato Grosso do Sul aceitou a denúncia e tornou réus 21 investigados por ...

De filho de ex-governador a prefeito: Justiça torna réus investigados por receber propina da JBS em MS
De filho de ex-governador a prefeito: Justiça torna réus investigados por receber propina da JBS em MS (Foto: Reprodução)

Decisão do TJMS ocorreu no dia 15 de agosto de 2025. Divulgação/TJMS A Justiça de Mato Grosso do Sul aceitou a denúncia e tornou réus 21 investigados por receber propina de R$67,8 milhões da JBS durante gestão do ex-governador do estado, Reinaldo Azambuja (PSDB). A decisão, publicada no último dia 15, ocorre sete anos depois da denúncia ser protocolada no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os réus são investigados na Operação Vostok pelos crimes de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Entre os réus estão Rodrigo Souza e Silva, filho do ex-governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja; o deputado estadual José Roberto Teixeira (PSDB); o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Márcio Campos Monteiro, o prefeito de Porto Murtinho (MS), Nelson Cintra Ribeiro, além de empresários sul-mato-grossenses. Veja abaixo os nomes dos investigados: Antônio Celso Cortez Cristiane Andréia de Carvalho dos Santos Daniel Chramosta Daniel de Souza Ferreira Elvio Rodrigues Francisco Carlos Freire de Oliveira Gabriela de Azambuja Silva Miranda Ivanildo da Cunha Miranda João Roberto Baird José Ricardo Gutti Guimaro José Roberto Teixeira Léo Renato Miranda Márcio Campos Monteiro Miltro Rodrigues Pereira Nelson Cintra Ribeiro Osvane Aparecido Ramos Pavel Chramosta Roberto de Oliveira Silva Júnior Rodrigo Souza e Silva Rubens Massahiro Matsuda Zelito Alves Ribeiro O g1 entrou em contato com as defesas dos denunciados. Confira os retornos mais abaixo. Reinaldo Azambuja O ex-governador Reinaldo Azambuja também é investigado e apontando como 'chefe' do esquema, contudo, o processo judicial foi desmembrado devido às mudanças no Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o foro por prerrogativa. O caso do ex-governador será submetido ao STJ porque a Justiça entendeu que os crimes investigados estão vinculados ao cargo de chefe do Executivo estadual, exercido por dois mandatos consecutivos, de 2015 a 2022. A defesa de Azambuja chegou a solicitar que o processo fosse enviado à Justiça Eleitoral, mas o pedido foi negado. A denúncia As investigações apontam que o pagamento de propina da JBS à organização criminosa tinha como objetivo “conceder benefícios fiscais” à empresa frigorífica instalada em Mato Grosso do Sul. Segundo documento ao qual o g1 teve acesso, a denúncia aponta que o dinheiro ilícito recebido no esquema era “reinserido na esfera patrimonial dos denunciados através de doações oficiais de campanha, emissão de notas frias que simulavam vendas de gados e pagamento em espécie para intermediários”. As investigações iniciais apontavam o envolvimento dos irmãos Joesley Mendonça Batista e Wesley Mendonça Batista, donos da JBS. Contudo, após acordo de colaboração premiada junto ao STF, o processo foi arquivado. O que dizem os réus? O advogado de Rodrigo Souza e Silva, Roberto de Oliveira Silva Júnior, Elvio Rodrigues e Léo Renato Miranda, disse que “continua confiante na absolvição. O recebimento da denúncia é uma fase natural do processo, então não indica que há comprovação da conduta, mas tão somente determina o processamento natural da ação. Agora, ocorrem fases naturais e a oportunidade de apresentar as provas de inocência dos nossos clientes". A defesa de José Roberto Teixeira disse que vai vai contestar o andamento do processo e “pretende encaminhar a decisão integral ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), para que a Corte avalie se o caso deve ser completamente desmembrado. Neste momento, a nova fase processual não altera em nada a situação do réu”. O prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra Ribeiro, chegou a atender a ligação, disse estar ocupado e que dará retorno quando possível. O advogado de João Roberto Baird, disse que não tem nada a manifestar. O escritório da defesa de Zelito Alves Ribeiro respondeu que a advogada do caso está em viagem e não conseguiu contato com o investigado para autorização de posicionamento sobre o caso. A defesa de Márcio Campos Monteiro afirmou que recebe com tranquilidade a denúncia e que a partir de agora irá iniciar o processo para se defender das acusações. O g1 não conseguiu contato com as defesas de Antônio Celso Cortez, Cristiane Andréia de Carvalho dos Santos, Daniel Chramosta, Daniel de Souza Ferreira, Francisco Carlos Freire de Oliveira, Gabriela de Azambuja Silva Miranda, Ivanildo da Cunha Miranda, José Ricardo Gutti Guimaro, Miltro Rodrigues Pereira, Osvane Aparecido Ramos, Pavel Chramosta e Rubens Massahiro Matsuda, até a última atualização desta reportagem. Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:

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