Pontes interditadas e 200 famílias desabrigadas: relembre a cheia do rio Aquidauana há quarenta anos
Em 1982, a régua do Departamento Nacional de Saneamento (DNS) marcou o nível do rio em 9,3 metros: mais de quatro metros acima do nível de alerta para a regi...

Em 1982, a régua do Departamento Nacional de Saneamento (DNS) marcou o nível do rio em 9,3 metros: mais de quatro metros acima do nível de alerta para a região. Pontes interditadas e 200 famílias desabrigadas: relembre a cheia do rio Aquidauana Em 1982, o rio Aquidauana registrou uma de suas maiores cheias, marcando 9,3 metros na régua da Ponte Velha, após quatro dias de chuvas intensas. O nível subia a uma velocidade de 12 centímetros por hora, ultrapassando em mais de quatro metros a cota de alerta. A reportagem in loco da TV Morena, documentou os estragos na época, veja acima. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Na cidade de Aquidauana, um dos bairros mais afetados foi o Guanandi, onde cerca de 200 famílias ficaram desabrigadas. A ponte que ligava o bairro à vizinha Anastácio também sofreu danos, apresentando rachaduras e cedendo cerca de 10 centímetros. O Instituto Nacional de Assistência aos Municípios (INAMUB) disponibilizou barcos e equipes de resgate para auxiliar os moradores ilhados. "Minha casa começou a encher de madrugada. Metade dos móveis já está molhada, a geladeira estragou, mas estamos tentando salvar o que dá", relatou um morador, enquanto retirava pertences com ajuda de voluntários. Muitos não esperavam pela força da enchente: "A água veio de repente. Moro aqui há oito anos e nunca tinha visto assim", contou uma residente, resgatada pelos bombeiros. As maiores cheias da história O recorde histórico registrado ocorreu em 2011, quando o rio atingiu 10,70 metros na régua da Ponte Velha. Já em 2018, as águas submergiram a régua medidora, não sendo possível medir o nível. Na ocasião, dezenas de famílias perderam suas casas, e as duas pontes entre Aquidauana e Anastácio ficaram completamente alagadas, obrigando o Exército a organizar travessias emergenciais com barcos. Imagem feita em 2018, quando o rio atingiu um dos maiores níveis. Imasul/Divulgação Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: